Monday, June 30, 2008

Fazenda Capoava





Este fim de semana estive em Itu, no interior de São Paulo, na fazenda de um amigo. O programa não podia ser melhor: inauguração do campo de futebol. Relvado a estrear e um monte de gente com fome de bola. Claro que não pode haver festa sem churrasco. 

Valeu a pena dormir apenas 4h para acordar cedo no sábado. Chegámos ainda não eram 11h e já se sentia o cheirinho da picanha a sair do espeto. Foi pousar o saco e correr para o campo para o primeiro jogo. O esquema eram jogos de 15 min ou 2 golos. Esquema bota fora e em caso de empate saía a equipa há mais tempo em campo. Nós fizemos uma primeira série de 5 vitórias e 1 empate e depois disso não conseguimos encadear mais do que 2 vitórias. Acho que o cheiro da carne a sair do churrasco e a cerveja e caipirinha frescas eram mais fortes.

O dia acabou com um sambinha e à noite saimos em Itu. Fomos à Zoff onde tínhamos reservado um camarote. Muuiiito bom!

Hoje foi dia tranquilo. Piscina, almoço, sol, sesta e viagem de regresso. A fazenda é espectacular. Tem um rio que a corta a meio, uma piscina ao lado, o campo de futebol, court de ténis. E a paisagem à volta é lindíssima. Muito tranquilo.

Para a semana vou passar o fim de semana noutra fazenda, desta vez num evento da BCG.

Tuesday, June 24, 2008

Sampa, a cidade interrompida

Vinha no assento de trás do táxi com o ruído de fundo do condutor que me falava das maravilhas de Maceió e observava a cidade que passava por mim lentamente, ao ritmo do trânsito de São Paulo. Interrompida foi a palavra que melhor me pareceu descrever o que via.

Interrompida porque entre modernas torres de escritórios com gradeamentos gigantes aparecem prédios detrás de malhas à espera que alguém os acabe. Como se alguém se tivesse arrependido de ter iniciado a obra justamente quando ela estava quase terminada.

Interrompida porque as largas avenidas desembocam invariavelmente em pequenas vielas, ou ruas que parecem vielas porque à escala da avenida que cortam envergonham-se e encolhem-se. Quem desenhou as avenidas com certeza achou que a grandeza da sua obra se deveria sobrepor à pequenez das vias já plantadas mas esqueceu-se que a inarmonia mitiga o tamanho.

Interrompida porque entre os diferentes bairros da cidade não se vislumbram pontes e cada um vive numa ilha com a sua gente e para a sua gente, mirando com desconfiança qualquer via que os tente enlaçar, seja ela uma estrada ou um transporte.

Entretanto, do alto do 19º andar de uma torre no Morumbi eu tento vislumbrar uma harmonia que não encontro. Talvez porque me falte imaginação para arquitectar mentalmente uma cidade contínua. E entretanto esperam-me 40 minutos de viagem para cruzar dez quarteirões. Tudo porque ninguém se lembrou que é difícil fazer uma melodia a partir de retalhos.

Monday, June 23, 2008

A masmorra no boliche


Como aqui foi documentado, sexta passada tivemos happy hour do escritório num bowling (aqui é boliche) em Sampa. Fica aqui um documento fotográfico do evento. Na foto estão os meus companheiros de sala, que internamento tem o sugestivo nome de masmorra. Porquê masmorra? Porque estamos na sala com menos luz do escritório e porque, dada a quantidade de palavras impróprias e asneirada que é trocada cá dentro, a porta está SEMPRE fechada. O que acontece na masmorra fica na masmorra.

Quem inventou a distância não conhecia a saudade

É só isto por hoje

Saturday, June 21, 2008

Grazie a dio

Não, não virei religioso de repente. Assim se chama o sítio onde estive ontem à noite. Grande concerto de funk com mescla de samba. Gostei!
Antes tive a happy hour da BCG. Noite de bowling com toda (ou quase) a galera do escritório. O mais incrível de tudo é que ganhei um jogo, sendo que era a segunda vez que jogava. Boa diversão e muita cerveja.
E hoje tenho janar costa-riquenho...

Friday, June 20, 2008

Fomos à vida

©Getty Images

Venho aqui falar da bola. Mais que nada senão, como de outras vezes, acusam-me de anti-patriota por comentar os feitos dos Boston Celtics e nada da nossa terrinha.

A verdade é que aqui em Sampa a malta torce quase toda pelas quinas. Também é verdade que a maioria torce por Portugal mais pelo Felipão, o Deco e o Pepe que por outra coisa. Mas pensem bem se isso até não é uma jogada de mestre do grande mago do marketing chamado Madaíl. Só as camisolas das quinas a mais que ele vende aqui é uma loucura de receita.

Acontece que que tanto Felipão à minha volta provocou o meu lado de treinador de bancada. E por isso pus-me a dissertar lições tácticas que aqui reproduzo:

1. Não conheço nenhuma equipa que alguma vez tenha ganho alguma coisa com um mau guarda-redes (goleiro aqui no Brasil). Se fosse novidade a gente ainda desculpa o treinador mas depois de ter dado um campeonato ao Benfica, um euro à Grécia e ter sido suplente de uma equipa que andou a lutar pela despromoção em Espanha já não há mais avisos a dar. O goleiro está desculpado, o treinador não. O terceiro da Alemanha é culpa sua (ontem foi só esse mas até ontem as asneiras foram muitas mais).

2. Também não foi por falta de aviso que a Alemanha resolveu explorar a ala esquerda portuguesa, se bem que ontem a direita não esteve melhor. Depois de ter mostrado que nem contra a Suíça era capaz de fazer uma exibição decente, o PF conseguiu ontem fazer pior e ser culpado directo em dois golos alemães. No 1º pode acusar-se o Bosingwa de ingenuidade por não fazer um 'chega lá' ao centrador mas ninguém pode entrar ao 1º poste com essa leveza. No 2º o empurrão não é diferente dos milhares de empurrões na área que sofrem defesas e atacantes em todas as bolas paradas. Também não foi por falta de aviso porque o PF vinha fazendo asneiro desde o 1º jogo (a Turquia só atacou pelo lado direito, a República Checa idem, a Suíça idem). Fica também por saber porque se levou o Jorge Ribeiro ao euro.

3. Pior ainda (porque nos pontos anteriores sempre há quem diga que não temos melhor, o que eu contesto), fica a questão das bolas paradas. No dia anterior tinha ouvido o Felipão a dizer que o grande problema dele era a altura dos jogadores alemães. Aliás, eu que sou um mega sarcástico achei até ofensivo quando ele se referiu aos jogadores portugueses como 'na minha equipa é tudo 1m15, 1m20'. Ou seja, o treinador sabia do problema. Pergunta: se eles são todos altos e nós quase (importantíssimo o QUASE) todos baixos, porque é que insistimos em defender as bolas paradas em homem a homem? Objectivamente, Portugal tinha 5 jogadores em campo com altura razoável (os centrais, PF, CR7 e o Gomes) para quase todos os alemães. Não existe nenhuma combinação de pares que pudesse equilibrar a equação. Ou seja, qualquer defesa homem a homem deixa sempre, no mínimo, 5 alemães em clara vantagem física. Novamente a pergunta: porquê insistir no homem a homem? Também esta variável não veio sem aviso porque Portugal sofreu contra a República Checa e contra a Turquia do mesmo mal e tem vindo a sofrer desse mal há algum tempo. Por curiosidade, lembram-se da selecção do Humberto Coelho ter sofrido tanto com as bolas paradas? E tirando a fase final do Euro Portugal jogava com o Sá Pinto no ataque, que não era exactamente um gigante, e em campo tinha apenas 3 jogadores com alguma altura (centrais e o grande AX).

Portanto, acho que perceberam que aqui o treinador de bancada põe parte da culpa (eu diria um 60%) no treinador. Os jogadores é que jogam e por isso têm parte da culpa mas o treinador é que prepara os jogadores e há erros de palmatória que vêm de longe. Sobretudo quando 2 dos golos em contra vêm de bola parada (ainda hoje me lembro da escassez de faltas no meio campo defensivo do Porto do Mourinho, isso também se treina) e por falhas de marcação.

Wednesday, June 18, 2008

Sobre a politiquice interna

Todos os dias de manhã, na caminhada que faço entre casa e o trabalho, esboço sempre um sorriso quando de repente passo pela rua Jorge Coelho e, logo de seguida, pela Jerónimo Sousa (Jerônimo aqui). Todos os dias fico à espera de ver aparecer a rua Francisco Louçã a qualquer esquina mas nada.

Estava eu a pensar nisso quando hoje lia uma notícia no jornal sobre a proposta do PCP de '7 medidas urgentes' para enfrentar a crise. A vantagem de se ser emigrante é que ganhamos o distanciamento necessário para analisar estas propostas de uma forma mais imparcial. Talvez porque os resultados das mesmas me afectem pouco (aliás, só mesmo efeito emocional indirecto por via da família e amigos). A notícia mereceria considerações mais genéricas sobre a política caseira mas fica isso para outro dia. Por agora a proposta merece comentários específicos. Então as 7 medidas são:

1. Limite de preços de bens essenciais
2. Orientação à CGD para praticar um spread máximo de 0,5 no crédito habitação
3. Subida do salário mínimo e aumento dos salários dos funcionários públicos
4. Subida de 4% das pensões mais baixas
5. Congelamento dos preços dos títulos de transporte
6. Utilização de gasóleo profissional nos transportes públicos
7. Imposto especial sobre os lucros das petrolíferas


Portanto, 6 medidas de gasto e 1 medida de colecta, que não vejo jeitos de cobrir as restantes 6 (talvez esteja a fazer mal as contas). Imagino que, nas visionárias cabeças dos proponentes, as 7 medidas podem ser compaginadas com a manutenção do défice público nos níveis actuais. Mas para o comum (e ignorante diria eu) dos mortais, sempre seria de agradecer que o explicassem como. Também seria bom que algum iluminado me explicasse porque raio impor mais um imposto sobre as petrolíferas iria aliviar a factura da gasolina do cidadão comum, porque na minha cabeça só consigo imaginar as empresas a transpor o imposto para o preço final ao consumidor. Mas eu gosto sobretudo da medida 2. Depois de todos andarem a bater no governo e no PSD por supostamente andarem a dividir pelouros nos principais bancos do país com gravíssimas consequências (e são de facto graves essas ingerências num mercado que se quer concorrencial) vamos lá propor agora umas 'orientações' à CGD. Do tipo 'olhe eu nem me quero ingerir na gestão do banco mas se amanhã esse spread não estiver baixinho o senhor vai prá rua'. Coerência acima de tudo.

Eu nem deveria estar a bater tanto nisto porque do PCP não se deveria esperar outro tipo de proposta. Pelo menos nalguma coisa são consequentes: o Estado a controlar todos os aspectos da vida do cidadão. Hoje são os preços dos alimentos, da gasolina e da habitação, amanhã o da electricidade, depois o dos automóveis e no final o melhor é nacionalizar tudo porque o capital é incompetente para gerir o que quer que seja.

O mais grave é que amanhã virá o PP, depois o PSD, depois o BE e só não vem o PS porque agora está no governo. E todos eles irão propor medidas semelhantes, talvez não tão disparatadas quanto as do PCP (que nesse aspecto tem consistentemente levado a palma nos últimos anos) mas igualmente irrealizáveis e ridículas.

Eu não sei se o povo é estúpido mas pelo menos crédulo é porque continua a ir às urnas votar nestes senhores.

Super ano desportivo em Boston

Joe Murphy/NBAE/Getty Images


Não tivessem os Patriots (futebol à moda americana) perdido a final da NFL depois de uma temporada perfeita (registo de 18 vitórias em 18 jogos até à final, onde perderam com os outsiders NY Giants) e o ano desportivo em Boston teria sido perfeito.

Mesmo assim nada mau. Os Red Sox (baseball) ganharam a World Series (depois de eliminar os arqui-rivais NY Yankees nos quartos), os Bruins (Ice Hockey) chegaram aos playoffs quando ninguém dava um chavo por eles, os acima citados Patriots foram à final do Super Bowl e ontem os Celtics afundaram os Lakers na reedição de um dos duelos com mais história da NBA. O único mau no meio disto tudo foi eu não estar em Boston para poder ir à celebração porque deve ter sido de arromba.

O jogo em si teve pouca história, se bem que à partida todos esperavam uma reacção de LA para lutar até à última pelo título. Errado. Foi uma limpeza total em campo. A coisa ainda esteve algo renhida no primeiro quarter mas a partir aí só deu Boston. 24-20 no primeiro quarter, 58-35 ao intervalo, 89-60 no terceiro quarter para terminar com 131-92. Pelo meio estiveram a um passo de estabelecer a maior diferença de pontos numa final da NBA (está em 42 pontos e a 2 minutos do fim a diferença chegou a 43 pontos).

Go Celtics!!

Monday, June 16, 2008

Ser estrangeiro no Brasil

Depois de uma semana em Sampa devo confessar que raramente me senti tão estrangeiro como nestes últimos dias. Naturalmente vinha avisado das tão faladas dificuldades de comunicação entre lusos e brasileiros, se bem que depois de um ano a conviver diariamente com um zuca sem problemas de maior começaram a parecer-me infundadas as famosas preocupações.

E na realidade, os meus problemas de comunicação com os zucas têm sido poucos, contam-se pelos dedos de uma mão. Isso não impede porém a estranha sensação de ser mais estrangeiro que os estrangeiros que não falam a língua. Acontece de tudo. Gente que me fala em espanhol (e em mau espanhol ainda por cima) sem explicação aparente. Malta que de 10 em 10 palavras me pergunta ‘você entende o que estou falando?’. E porque não se falamos os dois português?

Em particular, tem aqui uma jovem no escritório uma jovem que, ou acha que sou anormal, ou não sabe bem que os portugueses falam a mesma língua que ela, que não por acaso se chama português. A jovem não consegue fazer uma frase sem me perguntar se eu entendo alguma palavra ou expressão. E não julguem que ela fala algum tipo de português estranho. Não senhor, falamos de coisas como ‘torradeira’ ou ‘pular’ entre outras palavras ultra eruditas. Já para não falar da ‘você entende quando nós estamos brincando com a turma?’.Não, em Portugal não existe sentido de humor.

O que tem mais piada no meio disto tudo é que eu recebo tratamento diferenciado, quero eu pensar que VIP, já que nenhum outro estrangeiro por aqui (e estamos a falar de gente que fala mal português e que está ainda a aprender) tem direito a tanto deferimento. Aliás, creio que eu próprio recebi igual tratamento em qualquer país por onde passei e onde, realmente, era um estrangeiro na língua. Brasileirices…

Sunday, June 15, 2008

Primeira semana em SP

Está passada a primeira semana em São Paulo. A semana pode traduzir-se em trabalho e copos. Deram-me um projecto bem porreiro mas o volume de trabalho acompanha o porreirismo e tenho estado a trabalhar 11h-12h por dia. Parte por também ter que fazer as tradicionais formações de quem acaba de chegar a um sítio novo, por isso vamos ver como corre a próxima semana.

Aparte trabalho, a minha outra actividade da semana têm sido copos. O escritório tem boa pinta, com monte de gente nova muito boa onda. O resultado é que todos os dias, apesar do volume de trabalho, há um grupo de gente diposto a tomar uns copos depois do trabalho. Ainda para mais, quinta-feira foi dia dos namorados por isso houve noite de solteiros e sexta houve festa de aniversário no Asia 70. Desastre!

Hoje sábado foi dia de pôr alguma regularidade na minha vida. Aliás, só hoje é que me apercebi do pouco tempo que levo aqui. Acordar de manhã e ter a casa ainda meio em pantanas, o frigorífico vazio, roupa empilhada trouxe-me à realidade de recém-chegado à cidade. Esta semana foi bastante intensa.

Amanhã vou fazer o meu primeiro tour a sério pela cidade.

Friday, June 6, 2008

Como eu gosto da cultura brasileira

Entretanto continuo sentado à espera que o meu voo abra porque o voo anterior que está na mesma porta que o meu já vai pela 10ª última chamada. Mesmo assim ainda está gente a chegar e um caramelo da companhia aérea anda a correr pelo aeroporto a anunciar a última chamada tipo ardina. Olha, mais uma última chamada, a 11ª. O melhor é que são 11.40 e o voo sai às 10.30. Ah! E não está atrasado claro! Cheira-me que daqui o avião não sai enquanto houver malta no duty free. E continua a chegar gente cheia de saquinhos.

Eu devia saber isso quando hoje de manhã saí do hotel a correr com medo de perder o avião. O trânsito caótico de SP faz que qualquer viagem com tempo de marcado seja uma roleta. A probabilidade de chegar à hora prevista é extremamente baixa. Ontem para vir do aeroporto para SP (uns 40km em via rápida) demorámos 1h45. Belo. Quando ontem perguntei quanto tempo demorava a chegar do hotel a Guarulhos recebi uma resposta à brasileira:

- Entre 40 minutos e 1h30

Um intervalo razoável portanto. Claro que não vou ser eu o profeta da pontualidade pelo que hoje de manhã, apesar de querer sair às 9h30 do hotel, eram 10h e ainda estava a fechar malas. Corre para a recepção para fazer check-out e deixar os trambolhos e peço um táxi.

Enquanto espero pelo táxi o bagageiro vai metendo conversa:
- Então vai para o aeroporto?
- Vou. Saio para BA ao meio dia, vamos ver se não há muito trânsito senão ainda perco o avião.
- Meio dia? Relaxa! Vai dar tempo
- Quanto tempo daqui a Guarulhos?
- Depende do trânsito mas uma meia hora se não estiver mau.
- E como é que costuma estar a esta hora?
- 10h sexta é complicado. Sexta é sempre muito complicado
- Então meia hora é grupo. Vai ser mais 1h
- É se calhar. Mas relaxa que o táxi está chegando. Vai tomar café da manhã?
- Perdão? Quanto tempo vai demorar o táxi?
- O táxi está chegando mas vai descansado que eu digo para ele esperar
- Acho que se tomo café perco o avião
- Não! Voo sempre sai atrasado.

E eu fui tomar o café da manhã. Na realidade, o trânsito não estava tão mau como ele dizia e demorámos 40 minutos a chegar ao aeroporto. E apesar de o voo não parecer estar atrasado (se houver tantas últimas chamadas como no anterior estamos lixados), sempre é possível chegar em cima e pedir um tratamento especial para despachar a coisa mais rapidamente.
É o Brasil no seu melhor. Gosto disto.

São Paulo – Buenos Aires – São Paulo

Estou no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, à espera de embarcar para Buenos Aires menos de 24h depois de ter chegado a SP.

As minhas horas em SP foram pelo menos ultra-produtivas, menos em sono. Consegui visitar 5 apartamentos, tomar um chopp com o Ricky, ir jantar com os pais do Gabriel e conhecer 3 baladas (meaning, 3 discotecas em dialecto local). As minhas olheiras hoje denunciam a produtividade do dia de ontem.
Amanhã casa-se o Lucho e não podia perder a boda daí estar hoje a caminho de BA. Portanto o jogo de Portugal vou vê-lo na Argentina rodeado de argentinos que, pelo menos, estarão a torcer pelas quinas.
Nas últimas 48h consegui fazer e refazer as minhas malas 3 vezes. Como sou ainda um sem abrigo e ando com a casa às costas, quando saí de Boston tive que refazer todas as malas para reduzir o número de volumes ao mínimo, coisa que implicou muito esforço físico dado que as malas estavam a rebentar. Ontem cheguei ao hotel e foi preciso andar a procurar roupa pelas 3 malas e 1 porta-fatos. Depois voltei a empacotar tudo de qualquer forma porque era para sair do hotel e mudar-me para um apartamento. Entretanto o plano foi abortado de maneira que volta a abrir as bagagens para tirar roupa para o fim de semana em BA e volta a refazer malas para deixar ficar no hotel.
A espera no aeroporto já deu pelo menos para falar com os apartamentos que me interessavam, negociar preços e fechar um. Portanto a partir de domingo, quando chegar ainda meio cambaleante do casório, já tenho pelo menos um tecto onde desfazer, uma vez mais, as minhas malas.