Felizmente que hoje já não se vê o espectáculo que era normal há uns 10 anos nos aeroportos de Paris do pessoal com galinhas e coelhos a entrar no avião e o aeroporto feito quinta. De qualquer forma, viajar na época natalícia é trágico. Eu deveria saber disso e, quando marquei o meu voo, deveria ter desconfiado das 2 escalas e ter optado pelo mais caro mas imensamente mais conveniente voo directo. Consequência: estou a 2h de entrar no meu 2º voo atrasado e o atraso do 1º já me fez perder um avião. Em total, desde que saí de Boston já passei 18h em aeroportos. Como ainda por cima resolvi fazer directa na noite antes de viajar para me despedir do pessoal em Boston e fazer a mala com tempo, já não vejo uma cama há... deixa fazer as contas... 54h. E como na quinta-feira dormi 2h, levo 6h de sono nas últimas 96h de vida. Como é adorável o natal.
Para cúmulo, os senhores da Iberia acham normal os seus voos atrasarem-se 1h30 e não só não pronunciam uma única expressão de desculpa como ainda acham que não devem pagar pelos custos do atraso. Obviamente, substimaram o humor de alguém que não dorme há 54h. E lá puxei do meu melhor espanhol e disse ao senhor para ir apanhar no rabinho se quisesse mas para antes deixar o cheque e pardon my french. O senhor corou, tentou esboçar uma resposta mas deve ter achado que a retaliação podia ser ainda pior e lá me pagou.
Como murphyano convicto, não duvido que as coisas pudessem ser ainda piores. Por exemplo, as coisas correram bem com as bagagens porque ainda está toda comigo. Claro que só uma é que viaja no porão e essa hoje chegou 1h mais tarde que o dono. Mas mesmo assim não é mau. E outro exemplo, o voo por que aguardo neste momento podia atrasar-se ainda mais. Há razões para o optimismo.
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