Tuesday, August 26, 2008

De férias no Brasil – Dias 2-3 – Rio de Janeiro

Os 3 no topo do Corcovado a olhar o Rio de Janeiro

Agora sem a cabeça do Gabs a esconder o Pão de Açúcar

A praia de Ipanema e ao fundo Leblon, ainda sem o maralhal

De festa na Lapa com caipirinha na mão

Eram 5h30 quando o despertador tocou. Entre terminar de fazer a mala e deixar tudo pronto para a minha saída para Boston no dia 1 dormi 30 minutos. Acorda, toma um duche rápido e ala para o aeroporto. Menos mal que o voo para o Rio sai de Congonhas, convenientemente instalado no centro de Sampa, não como o internacional Guarulhos.

Escolhemos cuidadosamente os nossos lugares de janela no lado esquerdo do avião para ver o Rio desde o céu. O plano saiu parcialmente furado porque voámos para o aeroporto internacional que não permite um voo tão panorâmico sobre a cidade. Mesmo assim deu para ter um cheirinho e perceber que tínhamos céu limpo e um tempo excelente.

Eram 9h da manhã e eu já estava a fazer check in no hotel, instalado no Arpoador entre Copacabana e Ipanema. Assim se aproveitam os dias :) Fomos dar um passeio pelo calçadão, passando por Copacabana, Arpoador, Ipanema, Leblon. Quando chegámos ao Leblon já o Gabs estava acordado. Passámos pelo apartamento dele no Leblon e daí directos para o morro do Corcovado.

Não é por acaso que o Rio é a ‘Cidade Maravilhosa’. As fotos dão uma ideia mas não conseguem transmitir na plenitude a beleza da cidade, uma beleza selvagem com morros apinhados de barracas e bairros de lata, as favelas portanto, que parecem cair sobre os bairros chiques do Leblon e Ipanema, onde há gente que blinda o tecto da casa com medo de apanhar com alguma bala perdida caída do morro. Talvez o Rio não fosse tão belo se fosse perfeito. ‘Minha alma canta, vejo o Rio de Janeiro, Cristo Redentor, braços abertos sobre a Guanabara’. O cantor dizia e não enganava ninguém. Do topo do Corcovado eu vejo a cidade inteira, as favelas e os bairros ricos, os prédios e as praias, a ponde de Niterói e o Pão de Açúcar, toda a grandeza da cidade maravilhosa. Os turistas apinham-se e emulam o Cristo Redentor estendendo os braços para a cidade.

Saímos da confusão e dirigimo-nos para Santa Teresinha. São 18h e ainda não comemos nada para além do snack do avião. O Gabs recomenda e a gente segue. O lugar chama-se Aprazível e temos que interpelar os locais várias vezes até o encontrar. Depois de 15 minutos a subir o morro a pique eis que chegamos ao lugar. O cenário não podia ser mais espectacular. Um conjunto de pequenas casas de madeira com telhado de folha de palmeira com a cidade a olhar com sobranceria a cidade. Três salas de jantar estão penduradas nas árvores, as outras mesas dispostas nos vários cantos da casa, quase todas a olhar para a baía da Guanabara. O cenário não podia ser melhor e a comida só veio melhorar, absolutamente fantástica.

No final, avaliação da Japinha ‘Estou a pensar e se contar como critérios cenário, decoração e comida, este é provavelmente o melhor restaurante em que já estive’. E eu pus-me a pensar e não consegui encontrar nenhum melhor. Haverá melhores chefs e refeições mais delicadas mas dificilmente uma refeição tão memorável como a que tivemos no Aprazível. Aplauso com encore para o Gabs pela selecção.

Passámos pelo hotel para um power nap e daí já saímos para a noite, que prometia. A passagem por Ipanema para um chopp era obrigatória e daí fomos para a Lapa. Sambinha ao vivo era o programa e assim foi. Samba, caipirinha e chopp até altas horas da manhã foi o programa. Claro que a politica de fazer uma refeição por dia tem as suas consequências e quando eram 6h da manhã a fome era insuportável (ou seriam as caipirinhas a falar?) e fomos ao Jobim comer 
uma picanha na chapa com uma mandioca frita. Saudável.

O segundo dia no Rio foi tranquilo. Manhã longa na cama, despertar para a praia. Chegamos a Ipanema e... que é isto?? Há uma tira da Mafalta em que o Filipe olha para o mar e pergunta ‘que te parece o mar?’ e a Mafalda responde ‘sopa de massa’. Acho que finalmente vi sopa de massa no mar. Cada onda era disputada por dezenas de pessoas, o areal era dificilmente vislumbrado por debaixo dos corpos bronzeados dos domingueiros e a massa humana estendia-se até os olhos baterem no morro das Gáveas.

Não desistimos e continuamos a andar. Água de coco na mão, toca a percorrer o calçadão. Já quase a chegar às Gáveas lá encontramos um pouco de praia menos concorrido onde pudemos desfrutar das ondas com alguma paz. Telefone para cá e para lá e encontramos o Gabs na praia. A politica ‘uma refeição por dia’ continua em vigor e vamos ‘almoçar’ às 19h. O lugar desta vez é o Zucca no Lebllon. Mais uma recomendação do Gabs e mais uma na mouche. As comparações são odiosas e por isso vamos apenas dizer que o Zucca é um excelente restaurante, a comida estava deliciosa. O corpo é que já não aguentou mais e os planos de copos em frente ao mar foram para o galheiro. Hotel que amanhã temos um voo bem cedo pela manhã.

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