Wednesday, January 30, 2008

Fazer nada

(8h da manhã, telefone aos berros, do lado de lá da linha uma voz feminina que, dada a hora, nem sei se é familiar)
t. feel like doing nothing
h. what about sleeping? It’s 8 in the morning!
t. your voice is funny. Had fun last night
h. me too, that’s why I now need to sleep
t. great day outside, let’s do nothing
h. never thought doing nothing cost so much
t. very funny, don’t be sluggish! you’ll have plenty of time to sleep in cayman
h. tell me a good reason why I should leave my bed now
t. me
h. why did I ask?
t. I’ll pass by in 15 min
h. to push me to the shower?
t. if I need
h. wait a minute, 8 and already showered and dressed? you’re out of your mind
t. I woke up at 7 and couldn’t sleep
h. have a drink, take pills, I'm a victim here
t. enough chit chat, see you in a minute
h. ahhhh
E assim começa um dia inútil cheio de nada fazer

Tuesday, January 29, 2008

MIT nas horas livres

Há dias alguém me perguntava se o MBA era assim tão duro como diziam e se de facto tínhamos tempo para outras actividades para alem do estudo. E eu, com lágrimas nos olhos, lá fui contando as misérias de um estudante de MBA e da vida de reclusão. Eis o que os estudantes de MBA fazem nas horas livres: vídeos. Neste caso de preparação para a Latin Party!

Dia de passeio e cinema


Hoje esteve um dia bem agradável, só faltou que a temperatura fosse positiva. O griso está de tal forma que até os esquilos no parque parecem que têm artrites. Passeio pelo parque, café com livro em Newbury, cinema mais tarde.
Por certo, a semana de cinema tem sido fantástica. Se ainda não viram, aqui ficam uns filmes a reter: There Will Be Blood, No Country for Old Men, Sweeney Todd, Le Scaphandre et le Papillon, Grace is Gone. A ver. E claro! Estreou o quarto Rambo na passada sexta-feira, pelos vistos um rambo mais abichanado e preocupado com os direitos humanos. Hummm…
E o rio Carlos continua a deleitar-nos, embora agora com vestes de inverno. Depois de dois dias geladinhos e um nevão, eis que o Carlos começa a ficar branco. Descubra as diferenças.

Monday, January 28, 2008

Shopping Day


Hoje fui de shopping. Desafiado por duas companheiras de turma, com a promessa de um reparto justo entre lojas de mulher e homem, lá fomos rechear um pouco mais o roupeiro de inverno. A jornada foi proveitosa (talvez demasiado) e finalmente consegui comprar umas orelheiras, objecto de dramática utilidade com o frio que se tem feito sentir aqui. Agora já não preciso de tocar as minhas orelhas a ver se ainda estão no sítio de cada vez que me faço ao frio.
Obviamente, o dia de compras não estaria completo sem uns comes e bebes, e lá rumamos ao Sonsie comer umceviche com uns mojitos. E o dia prolongou-se para uma noite bem entrada. Agora é preciso descansar a carteira até a primavera.

Saturday, January 26, 2008

Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde

Ontem saquei a minha personalidade a reluzir. Estava eu a espera da minha entrevista juntamente com mais uma dúzia de companheiros da escola quando subitamente comecei a ouvir a voz do meu outro eu. O Montanelas, velho companheiro de outras guerras, resolveu aparecer na melhor altura.
- Man, olha a volta. Estes weirdos vão ser os teus futuros companheiros de trabalho caso consigas este emprego. Isto é um freak show!
Eu tentei calar o Montanelas mas ele não se deixou ficar. E assim quando entrei para a entrevista éramos dois os entrevistados em vez de um. Devo dizer que não deixou de ser divertido
- Então porque é que quer esta carreira?
- Montanelas: Não quero! Isto é um anito ou dois máximo para ganhar umas massas e depois bazar para trabalhar com gente normal! Freak!!
- Hugorila: Pelo desafio profissional bla bla bullshit bullshit
- E porquê especificamente a nossa empresa?
- Montanelas: Pelas Gajas! És cego ou boiola?
- Hugorila: A reputação bla bla bullshit bullshit
E por aí fora. Para resumir, graças ao Montanelas já não sei o que quero fazer. Se alguém tiver um bom conselho sobre o tipo de emprego que acha mais adequado a minha pessoa (e ao Montanelas também) eu sou todo ouvidos.

Wednesday, January 23, 2008

O Stressómetro

Contextualizo. Janeiro é o mês forte de recrutamento por cá. As aulas param e a malta dedica-se a entrevistas durante quase todo o mês. É quase um circo, com todas as empresas a aparecer, a malta nervosa a espera de ser chamada, alguns fatos com cheiro a naftalina a girar pelos corredores.
No primeiro dia em que entrei na escola depois das férias de natal o meu stressómetro começou a apitar desalmadamente. Estava em vermelho quase a rebentar a escala. Passaram-se! Malta encerrada das 9h as 21h desde o natal a preparar entrevistas, incapazes de sair um só dia da semana para tomar um copo ou de ter qualquer conversa que não fosse relacionado com o tão desejado ‘Dream Job’. Serei eu o anormal? É bem possível. Resolvi não perder tempo a pensar nisso e deixei de me preocupar com a buzina constante do meu stressómetro.
Depois de duas semanas a margem da loucura generalizada, hoje tive um banho de realidade. 8h da manhã tive a minha primeira entrevista. Houve de tudo. Ele era gente que não podia parar de tremer antes de entrar na entrevista, outros que saiam a chorar da entrevista (!!), perguntas como ‘De 1-10 como é que correu a entrevista?’. Isto tudo de gente com vários anos de experiência de trabalho, que certamente já fizeram dezenas de entrevistas. O meu stressómetro deixou de funcionar, creio que tanta emoção o deixou em colapso.
Será que vale a pena tanta angústia por um posto de trabalho?

Tuesday, January 22, 2008

A dura aprendizagem do ski

Este fds lá me decidi finalmente a aprender a esquiar. Eu bem tentei convencer os meus parceiros que eu e a neve nos entendíamos melhor com uns crampons e um par de pilets mas népia, tinha que aprender a deslizar com um par de espátulas nos pés e dois pionés extra-longos nas mãos. Na foto até tenho ar de quem percebe algo da coisa :)

E o dia até estava agradável, não demasiado frio e tinha nevado mesmo na noite anterior, pelo que as pistas tinham neve fresca (lá esta, se estivesse com uns crampons nos pés teria pedido exactamente o oposto). O processo de aprendizagem é bem engraçado. Ainda mal me tinha habituado a ter uns estranhos sapatos tamanho 90 nos pés e a malta leva-me para a pista e, com toda a naturalidade, esperam que eu comece a deslizar com uns simples conselhos tipo
- Não te esqueças de descer em S
- Olha para onde queres ir
- Inclina os tornozelos
Obviamente, o resultado não podia ser outro que não este

E assim até ao fim da pista, pelo que quando cheguei a base, resolvi meter-me numas aulas para que alguém me traduzisse o que os outros caramelos me tinham acabado de dizer. E assim ao fim de umas horas já comecei a dominar a técnica. Lá fui eu novamente pista abaixo e a coisa até nem foi mal com excepção de uma árvore que, desrespeitando todas as regras da pista, me atropelou no meu caminho perfeito até a base da pista.
E assim, depois de umas nódoas negras e umas poucas mazelas, acho que fiquei com vontade de repetir. E como as pistas estão a pouco mais de meia hora de casa, acho que vamos aproveitar uma das poucas coisas positivas que o frio árctico nos traz.

Friday, January 18, 2008

Upps!

We might have a problem… Podem votar ai a direita para me ajudarem a agir da melhor forma.


O número 15

15 é um número mágico neste pais. Um número que aliás choca os europeus quando cá chegam e que, por sua vez, (curioso ou talvez não) choca os americanos quando vão a Europa (pela sua ausência, está-se a ver). Não! Não há conteúdo libidinoso neste número (bom, ele há tarados para tudo), estou a falar da percentagem habitual de tip (vulgo gorja) que neste país se dá a quem quer que seja. Vamos no táxi e vem a continha? Acrescenta 15%. Estamos no restaurante e vem a continha? Mais 15% em cima (e entretanto já meteram os 7% em cima que por acaso não estão incluídos nos preços do menu). Estamos no bar e vem a continha? Adivinhem? Pois bem, 15%. E por aí fora ao homem da pizza, o picheleiro (canalizador abaixo do rio Douro), a mulher da limpeza, o porteiro e a PQP. Em geral, só no McDonald’s não se paga gorja, com alguma coisa temos que castigar essa gente que vende carne mastigada.
A malta habitua-se de tal forma que da última vez que estive na terrinha quase dava 5 eypos de gorja depois de tragar uma francesinha e 2 finos. Emigras!
Para aqueles que estão chocados, devo dizer que 15% é o mínimo aceitável, a menos que o empregado tenha cuspido na comida ou lambido o garfo (nesse caso poderá ser aceitável dar APENAS 10% de gorja). Na realidade, se o serviço foi bom (ou seja, se para o padrão europeu o serviço de facto merece uma gorja), então de 15% devemos passar a 20%. Modestinho.
Portanto, conselhos ao turista incauto. Treinem as multiplicações antes de vir para cá, não vá ser que de repente estejam a pagar 50% de gorja e ainda a chamar lorpa ao empregado a pensar que pagaram 5%. Não arrisquem não pagar gorja, podem realmente ser perseguidos pelo empregado. Na via das dúvidas, se quiserem limitar o nível de frustração paguem 10% e digam que o empregado espirrou para cima do prato, com um pouco de sorte tem uma refeição grátis.
Conselho do dia: Para aqueles que não dominarem a multiplicação, podem calcular os 15% dividindo o valor por 10, depois esse valor por 2 e somar os 2 valores. Lá estão os 15%. Esta foi grátis, desta vez escapam a tip.

Thursday, January 17, 2008

E mais um boletim...


Não pude evitar repetir tema. Ontem (ou anteontem porque já e quinta) foi um dia de sorte. Foi provavelmente o último dia do mês em que vamos ver temperaturas positivas em Boston. Devia ter-me emborratchado para celebrar. Neste preciso momento estão ali fora na varanda uns simpáticos -10 graus. Portanto, está mais frio ali fora que no meu congelador. Se clicarem no boneco em cima vão ver que este domingo arruinaram os planos de ski do gang: quer dizer, com -25 graus o problema nem é que possa nevar como se não houvesse amanhã, é que directamente vão cair do céu blocos de gelo do tamanho de tijolos. Já vos direi como é.

Tuesday, January 15, 2008

The Walking City… no Verão

Boston é conhecida como ‘The walking city’ porque, ao contrário da vasta maioria das cidades americanas, o centro está bastante concentrado e a cidade nunca se expandiu muito. O pequeno senão é que o título deixa de fazer sentido assim que os pequenos flocos brancos começam a cair. Tendo em conta que isso acontece com mais frequência do que a desejada entre Dezembro e Março, lá se vai o Walking.
Ponhamos o exemplo de hoje. Acordo e está a nevar, mas a nevar mal, tipo mal consigo ver o rio da janela do quarto tal o manto branco. Saio para a rua para ir comprar uns livros. A livraria fica a 2 minutos de casa, o que não impede que quando chegue pareça o pai natal com menos barba. Daí saio para a escola, mais 5 minutos e o mesmo resultado mas com os pés um pouco mais molhados. Portanto, a tarde tinha uma reunião no centro de Boston e, adivinhem… Claro! Apanhei um táxi. Walking City uma gaita!

Saturday, January 12, 2008

FDS em grande

Montes de planos para este fds:
- O Gabs trouxe o violoncelo do Brasil e este fds vamos comprar umas partituras para piano e violoncelo e começar a ensaiar. Prometedor!
- Amanhã temos Caipirau Dinner seguido de Caipirau Party. Como tal, há compras no mercado pela manhã e cozinhados da parte da tarde. A noite promete. Daremos conta da festa mais tarde neste blog.
- Este fds começam os playoffs da NFL, a liga de futebol americano. Os Patriots, a equipa daqui, têm um registo incólume durante a época regular (16 vitórias em 16 jogos). A piada dos playoffs é que são eliminatórias de um jogo e portanto é sempre tudo ou nada. Os Patriots estão a 3 jogos de fazer historia (só 1 equipa até hoje conseguiu ganhar o super bowl sem perder um único jogo durante toda a época) ou de serem os losers do ano (ganhar todos os jogos da época regular e morrer na praia).
- Ah! E domingo tenho jogo da liga de futebol indoor. Para destilar o álcool consumido na festa de sábado.
Este fds promete!

Friday, January 11, 2008

Faxavor Kafka, mais uma fichinha

Acho que tenho tendência a subavaliar as distâncias nas cidades que não conheço. Foi isto que eu pensei no dia em que cheguei a Boston. Para começar, estava a chover. Perfeito para um dia de mudanças. Tinha o Mike à minha espera para irmos buscar os caixotes que tínhamos despachado previamente por avião e que já estavam a nossa espera no terminal de carga. Coisa simples, pensei. Chegar, ir buscar o carro alugado, pegar nas caixas, deixar o Mike em casa e meter a tralha em casa, depois virá o tempo de arrumar.
Wrong!! O carro alugado está nos cus de judas, faxavor apanhe o autocarro (sim, esse que vem de meia em meia hora) que percorre todos os rent-a-car. Depois espere meia hora até que lhe dêem um carro, depois dirija-se ao terminal de carga para saber que para levantar a carga é preciso antes passar na alfândega para assinar uns papéis.
- Desculpe, onde fica a alfândega?
- Ah, isso fica do outro lado da cidade. Só tem que atravessar Boston a hora de ponta e voltar daqui a 1 hora porque depois fechamos.
- Disse 1 hora para atravessar uma cidade que eu não conheço e voltar?
- É isso mesmo.
- Ah!
GPS? Nicles. Pega no mapa merdoso e toca a andar. Mas afinal viemos fazer o quê à alfândega?
- Preciso da lista de bens que enviaram para poder desalfandegar.
- Desculpe? Disse lista de bens? Não temos isso, está com a companhia aérea. Esses senhores que nos mandaram para aqui e não mencionaram nenhuma lista de bens.
- Humm... deixe ver o que posso fazer
(5 min, 10 min, ...)
- Bem, traz alguma coisa ilegal?
- Humm... Tirando uma ervinha e duas fuscas, nada mais.
- Ok, pode ir. Apresente este papel no terminal de carga.
Cool! Isto é melhor que o Tugal natal, nem é preciso pedir com jeitinho. Volta a atravessar Boston. Upps! Acabei de passar na via verde e apanhei com um sinal vermelho. Azar!
Chegados ao terminal de carga, mais meia hora de procedimentos de segurança e mandam-nos para o armazém. Chegados ao armazém dou-me conta que não tenho nada na mão que me diga qual é a minha carga.
- Não é preciso! Temos pouca coisa aqui. Vá ali aquela zona e veja o que é seu.
- Ah bem! Portanto os procedimentos de segurança são para quê? Deixe la, eu não perguntei isto.
Bora para casa que ainda tenho que chegar a tempo de levantar a chave.
- Levantar a chave? Primeiro temos que tratar do contrato de aluguer.
- Seja, venha de lá o contrato. Hummm... Essas 30 páginas de letra miudinha é o meu contrato de aluguer? Posso chamar o meu advogado antes de assinar?
Acho que vamos cometer uma porrada de ilegalidades porque não há forma de algum de nós ler o contrato inteiro.

Wednesday, January 9, 2008

Tenho uma lágrima no canto do olho

Rápido update ao panorama político. Eu sei, já não chega de política? Cá vai uma promessa a boa moda dos políticos: prometo que não volto a falar de política nas próximas duas semanas. Mas esta é tentadora.
Então a discussão de hoje é: quantos votos vale uma lágrima? A história é simples: Segunda-feira a gaja ia com 10% de desvantagem em todas as sondagens (oito empresas diferentes). Segunda-feira a noite num encontro com eleitores a gaja emocionou-se, ficou com a lágrima no canto do olho e o episódio foi repetido até a exaustão na tv. Terça-feira a gaja ganhou com 4% de diferença. Foi a lágrima ou não, eis a questão? Portanto a pergunta que vos deixo é: quantos votos vale uma lágrima? Para quem quiser um pouco mais de informação, cá vai o vídeo da famosa lágrima.

E não é que a gaja ganhou?!

Querem sondagens? Talvez não queiram encomendá-las neste país. De uma sondagem favorável ao preto por uma margem de 10% passou-se a um resultado favorável a gaja por 4%. Quase lá. O preto é que se lixou. Baralha e volta a dar e volta tudo ao início. Do outro lado, o mormon continua a acumular segundos lugares mas sempre positivo: da próxima é que é. Parece o Benfica mas com um bocado mais de dinheiro.
E agora a outra novidade do dia: a temperatura. Senhoras e senhores, prepararem-se para a bomba: hoje tivemos 20 graus (centígrados) na cidade. Spring is in da town baby! Até deu para deixar o cachecol em casa. Há que aproveitar: a onda de calor vai durar dois dias, sexta já regressa o fresquinho.

Tuesday, January 8, 2008

As Primárias como se eu tivesse 5 anos – Pequeno ensaio político

Atenção! Este post contém linguagem potencialmente ofensiva. OK, agora já posso insultar à vontade!
Hoje são as primeiras primárias aqui nos States. Não se pode ligar a tv sem apanhar com cobertura em directo das campanhas ou com publicidade dos 40,000 candidatos que ainda estão na corrida. Para quem não percebe um charuto do que eu estou a falar, aqui vai uma explicação básica do que são as primárias.
Temos 2 partidos (os elefantes e os burros) ao soco interno, ou seja, neste momento os elefantes estão-se a cagar para os burros e vice-versa e andam ao soco entre eles internamente. Do lado dos burros estão realmente em jogo um preto, uma mulher e um gajo que parece ter capachinho. Este trio acha que quem ganhar entre eles irá quase de certeza suceder ao bronco (ups! ao Bush). Do lado dos elefantes temos um mormon milionário, um pastor evangélico, um lobbista, um doente e um actor. Estes senhores acham que têm hipóteses de ganhar no um contra um contra o melhor dos burros.
Hoje acontecem as primeiras eleições a sério para começar a escolher o burro mor e o elefante mor e são aqui mesmo ao ladinho de casa, em New Hampshire, o estado que nas placas de matrícula põe ‘Live free or Die’. A questão é que no primeiro ensaio da semana passada (chamado Caucus e que basicamente é uma reunião da sueca em que a malta no final diz de quem gosta mais) o preto e o pastor tiveram vitórias surpresa (cada um do seu lado, claro!). E portanto se estes senhores aqui do lado, que entre outras coisas não taxam o álcool nem o tabaco e andam de arma no coldre como se fossem cowboys, elegerem os mesmos dois deixam-nos muito bem lançados para as primárias nos restantes estados.
Parece que o preto tem mais hipóteses que o pastor, até porque o ‘Live free or Die’ não se ajusta muito bem aos valores do evangelho, mas enfim. O mormon está à espreita. Quem está na fossa é a gaja (hoje até chorou e tudo), que não vê jeitos de dar a volta à situação. O Bill bem tenta puxar por ela mas nada.
Outro exercício curioso é contar as vezes que a palavra ‘Change’ é mencionada no discurso de TODOS os candidatos. Sejamos honestos, depois de 8 anos com este gajo, obviamente o que toda a gente quer é MUDAR. Portanto os debates televisivos assemelham-se a um sketch dos Gato Fedorento:
- Eu sou um agente de mudança
- Não, sho doutor, eu sou um agente de mudança
- Desculpem-me os dois mas eu inventei a mudança. Antes de eu entrar na política não existia mudança.
- Eu ouço-vos falar aos três bla!bla!bla! e vocês esquecem-se que a mudança é minha prima, e que eu, como a minha religião permite, até já fui para a cama com ela, portanto eu conheço a mudança melhor que qualquer candidato.
Argumento decisivo, debate acabado. Isto são as primárias 2008 explicadas a uma criança de 5 anos. Para a versão para adultos podem ir a http://www.nytimes.com/pages/politics/.

Monday, January 7, 2008

A neve é como as criancinhas


É muito bonita desde que não esteja à minha porta e eu não tenha que viver com ela. Já estou mais fartinho de neve e isto ainda só agora começou. Reconheço que há três aspectos engraçados desde tempo árctico: o rio congelado, as árvores brancas (desde que não se passe por baixo duma quando um qualquer passarejo está a abaná-la) e os campos de neve fofa onde se fazem umas guerras violentas. Mas isto não compensa o equilibrismo que somos obrigados a fazer nos passeios cheios de gelo, o não poder sair para a rua e correr ao longo do rio, o ter que evitar andar mais de 10 minutos na rua para não congelar a ponta do nariz, os muros de neve cinzenta acumulados em todos os passeios, etc.

Esqueci-me de um aspecto positivo fundamental deste tempo. Quando fazemos festas já não precisamos do frigorífico - as bebidas ficam na varanda :)

A neve é como as criancinhas

É muito bonita desde que não esteja à minha porta e eu não tenha que viver com ela. Já estou mais fartinho de neve e isto ainda só agora começou. Reconheço que há três aspectos engraçados desde tempo árctico: o rio congelado, as árvores brancas (desde que não se passe por baixo duma quando um qualquer passarejo está a pousar) e os jardins de neve virgem onde se fazem umas guerras violentas. Mas isto não compensa o equilibrismo que somos obrigados a fazer nos passeios cheios de gelo, o não poder sair para a rua e correr ao longo do rio, o ter que evitar andar mais de 10 minutos na rua para não congelar a ponta do nariz, os muros de neve cinzenta acumulados em todos os passeios, etc, etc.
Esqueci-me de um aspecto positivo fundamental deste tempo. Quando fazemos festas já não precisamos do frigorífico - as bebidas ficam na varanda :)

Saturday, January 5, 2008

Se pudesse ter um super poder...

Eu escolhia o teletransporte para nunca mais ter que entrar num avião e ainda menos num aeroporto. Já estou de regresso a Boston e uma brisa acenou-me alegremente do alto (ou não) dos seus 10 graus negativos. Sweet!

Você disse Caipirau?



Caipi quê? Quem é o caipirau? O que é o caipirau? Para onde vai o caipirau? De onde vem o caipirau? Afinal, que raio de nome é este para baptizar um blog?
Caipirau ê significado de autêntica experiência luso-brasileira em Boston, tuga da parte deste humilde servidor e zuca da parte do meu flatmate de São Paulo. O Caipirau, o mais recente antro de Boston, não tem deixado créditos por mãos alheias e os Caipirau Dinners e Caipirau Parties já criaram reputação no MIT.
As fotos que se anexam são uma pequena amostra das valências da House of Caipirau.

Thursday, January 3, 2008

Ano novo, blog velho, regras novas

Cinco meses de reflexão e uma bebedeira de fim de ano deram nisto. Comi uma passa em nome da ressurreição deste blog e vou tentar cumprir esta resolução, que mais não seja para que a perda de uma passa não seja em vão. E agora que estou sóbrio, tento lançar algumas regras que me orientem nesta aventura:
1. Acentos. Teclado americano não me deixa por acentos. Corrijo, um teclado americano dá-me demasiado trabalho a por acentos (e cedilhas), por isso estes serão omissos neste blog. Tentarei meter os posts num corrector para corrigir esta falha mas não prometo faz
ê-lo sempre. Um minuto de silêncio em memória da correcção ortográfica.
2. Sequencia. Como estou a começar em Janeiro algo que deveria ter começado em Agosto, e normal que a sequência dos posts não seja cronológica. Tentarei controlar o caos e ir colocando referências temporais aos posts sempre que for possível. Afinal isto são fragmentos de uma experiencia e os fragmentos não têm necessariamente uma ordem natural.
3. Regularidade. Não esperem posts diários, afinal eu estou supostamente ocupado a estudar. Tentarei honrar a minha passa tanto quanto possível mas não me deixarei levar pela paranóia blogista de vir a correr para casa para escrever o meu post diário. Ah! E também não haverá datas adulteradas neste blog para que os posts pareçam do dia em que não foram escritos. Afinal, a Regra N.2 existe para isso :)
E com estas 3 simples regras, vamos dar um hip!hip!hurra! pela nova vida deste blog. Bem-vindo ao Caipirau